Foto e texto de Joana Mil-homens.
Quando a Sara me pediu para escrever sobre um desejo para 2013, pensei nas passas que não comi. Não gosto de passas. Entrei em muitos anos em modo vómito a atafulhar a boca com champagne e passas, a pedir 12 desejos às 12 badaladas. Este ano, a maturidade e o tamanho jumbo das passas disponíveis, fizeram-me passar ao lado desta tradição. Sem grande pena minha. Afinal o meu desejo para 2013 é apenas um: não ter desejos.
É não depender de desejos. Não depender de coisas que ‘aconteçam’, do que os outros fazem, dizem ou são. Este ano quero ser responsável. Responsável por mim e pela pequena esfera que posso influenciar. Quero chegar ao fim do ano e poder culpar-me a mim, e só a mim, pelos 365 dias que deixei para trás.
Quero fazer as coisas e não esperar que elas aconteçam, porque sei que ser feliz depende apenas da minha vontade, da minha liberdade. E não de passas, nem de desejos, nem de Governos, nem de troikas, nem de ventos, nem de moods.
E é isto.
(desculpem a lamechice em modo passa envelhecida ao sol de inverno)
lembro-me de no final do ano passado ter escrito algo como: o meu desejo para 2013 é não criar expectativas, pois assim tenho mais hipótese de ser surpreendida. ;-)
ReplyDeleteFeliz 2013 Joana *
... Por detrás de um desejo mora outro desejo, e por detrás desse desejo mora outro, e assim em diante, como num corredor de espelhos interminável. Sábias as tuas palavras, que vão á essência do desejo, do primeiro desejo. Esse que existe, é mais simples e nada tem a ver com a circunstância, mas sim da decisão de como viver essa circunstância. Então há uma decisão aliada ao desejo, que começa e acaba dentro de mim, de ti, de todos.
ReplyDeleteFeliz 2013!
bjinho,
i