"- Estiveste tanto tempo fora da América, Elliott, que te esqueceste de que neste país as raparigas não se casam só para satisfazer as mães e os tios - disse Mrs. Bradley com um sorriso árido.
- Isto não é motivo de orgulho, Luísa - replicou Elliott bruscamente. - Graças a uma experiência de trinta anos, posso asseverar-te que o casamento que é considerado do ponto de vista de posição, fortuna e igualdade de meio, tem vantagem sobre o casamento de amor. Em França, que afinal de contas é o unico país civilizado do mundo, Isabel não hesitaria em casar-se com Gray; ao fim de um ou dois anos, se a tal se sentisse inclinada, tornar-se-ia amante de Larry; Gray instalaria uma actriz de fama num luxuoso apartamento, e todos ficariam satisfeitos."
in O Fio da Navalha de Somerset Maugham
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