Over 70% of Single Women Happily Unmarried [and could stay that way forever]
"Over 70 percent of single women in Japan are satisfied with their lives, according to a nationwide questionnaire survey on marriage that was conducted in February 2005 by Yomiuri Shimbun, one of Japan's largest daily newspapers.
To the question, 'Do you agree that women can spend their lives happily without getting married?' 69 percent of unmarried respondents agreed. This exceeds the 50 percent of married people who answered yes to this question. Of single respondents, 73 percent women agreed, up 10 percentage points from the previous survey in 2003, and 67 percent of men agreed. Broken down by age bracket, 74 percent of respondents in their 20s, 66 percent in their 30s, and 58 percent in their 40s agreed that women can be happy without marrying.
To the question 'Do you think that the increasing tendency to marry later in life is a major social concern?' 58 percent of the respondents agreed, exceeding the 40 percent of respondents who disagreed. Multiple answers were allowed with respect to background factors bearing on late marriage; the top two reasons chosen by respondents were; 'An increased number of women participate in society' (67 percent), and 'Fewer people place importance on the concept of marriageable age' (52 percent).
These results show that single women tend to think positively about staying unmarried or marrying later. This is thought to be one of the factors behind a growing tendency to put off marriage. Many also think that this trend toward late marriage is contributing to the decline in the birthrate."
in http://www.japanfs.org
Se em Portugal já é uma tarefa homérica, no Japão é muito complicado ser mãe trabalhadora. A verdade é que, mesmo com boa vontade dos homens pela igualdade de direitos, o sistema japonês dificulta e muito que uma jovem mãe mantenha o seu posto de trabalho. Os empregos são a horas de distância de comboio, as creches praticamente inexistentes, e a divisão de tarefas com maridos que trabalham cerca de 15 horas por dia uma utopia.
O modelo vigente da família japonesa é o salaryman que se esfalfa pela empresa, faz tudo pela empresa, por que a empresa está em primeiro lugar, com a sua esposa japonesa que, na sua moradia nos subúrbios, toma conta das crianças e da casa toda a vida. No Japão são os homens que trabalham com o fundamental suporte da família.
Não será preciso saber muito para se ver que este modelo não agrada a muitas mulheres e, se ainda se há muita pressão social para que a mulher japonesa se case, a verdade é que são cada vez mais as que se revoltam contra esse espartilho, principalmente nas grandes áreas urbanas. E quantas mais forem, mais força vão dar às outras.
A diferença crucial do Japão para Portugal é a independência financeira. Quem trabalha tem condições seja para manter uma família (homem), seja para se manter sozinha (mulher). Não é esta miséria portuguesa em que os salários se gastam em comida no supermercado...
E claro que se vai tornar num problema social, porque com o não-casamento não vêm as crianças...
Mas será essa a única solução para a independência feminina? Ficar sozinha?
E porque é que se casam as mulheres (e os homens!) em Portugal?
Há muitos anos o Japão estabeleceu um modelo de sociedade que funcionava para eles. Tanto funcionou que os tornou na segunda maior economia mundial. Agora é assistir ao lento desagregar duma sociedade que não encontra em si própria a vontade de adaptar o sistema. Novas famílias, novas maneiras de trabalhar, viver, comunicar. It's time to move on, dudes!
eu acho que casei porque a minha sogra assim queria,depois morreu.
ReplyDeleteEu cada vez mais acho que o casamento está condenado à extinção.
ReplyDeletePorque raio as pessoas não hão-de simplesmente viver juntas até que a chama se apague? Se se chegar a apagar é claro.
A retorica da especificidade cultural do Japao como uma "sociedade maternal", e apenas um mito criado nos anos 60, sobretudo pela classe politica e pelos sectores mais conservadores da sociedade, por forma a desacreditar os progressivos sinais da inexoravel incorporacao do pais entre os regimes liberais ocidentais, e a adiar a discussao dos custos sociais de tal mudanca. O problema e que as sucessivas decadas de "mass denial", tornaram a sociedade no seu conjunto incapaz de identificar quaisquer opcoes alternativas e libertadoras do status quo! Mas elas certamente existem e estao a ser experimentadas!!
ReplyDeleteOlha não tem nada a ver, mas apetece-me partilhar porque sei que entendes:
ReplyDeleteDe passagem alargada por Lisboa (1 mes e qualquer coisa) sinto a falta de me sentir estrangeiro. Ainda não percebi o que isto é, mas sei que a sinto. Agora que já passou algum tempo, como é que anda esse olhar sobre o país e a nostalgia de tokyo?
A questão é que mais do que inteligentes somos sonhadores... E quem não sonha com uma chama que não se apaga? O casamento parece-me o último dos mitos, a derradeira utopia. Como tal algo que todos queremos, algo que tem essa imensa capacidade de nos desiludir...
ReplyDelete